Numa viagem recente ao norte do País convivi com algumas mães e reparei no zelo quase patológico com que observavam os movimentos dos filhos e nas tarefas que lhes são impostas em época que deveria ser de férias e de relaxamento. Ele são aulas de pintura, ele são campos de férias, ele são aulas de dança. Na época actual em que todos vivemos, compreende-se uma atitude de maior exigência na educação dos filhos para fazer face à complexidade da sociedade que vão enfrentar no futuro. No entanto, há que saber ser equilibrado e deixar espaço às crianças para serem crianças e brincarem, nunca esquecendo que é a brincar que eles aprendem a ser adultos e se preparam para a vida de uma forma natural e saudável. O excesso de atenção só lhes pode trazer prejuízos. Uma educação aprimorada pode dar lugar a um delinquente e uma educação despreocupada a um génio.Conta, peso e medida, são o segredo para tudo na vida.
Não será demais lembrar que em épocas pretéritas não se valorava a educação como hoje, e ninguém se preocupava com isso. Não terá sido esse facto, impeditivo da contribuição recebida dos maiores génios hoje conhecidos e reconhecidos e que floresceram então. Hoje não se conhecem (verdadeiros) génios, apesar de tudo.
Onde estamos então a falhar? pecamos talvez pelo excesso. Dê-se maior liberdade às nossa crianças e criemos condições para neles crescerem os potenciais génios que contêm.
Este é o apelo e o conselho.
